top of page

E Agora? Estudar, Trabalhar ou Fazer Pausa — Como Escolher o Teu Caminho?



A juventude é muitas vezes retratada como a fase mais livre da vida. Mas, na prática, é também o momento em que nos pedem decisões sérias e estruturantes. O que vais fazer a seguir? Vais para a universidade? Procurar um trabalho? Fazer um ano sabático? Abrir um negócio? A pressão é silenciosa, mas constante.


Vivemos rodeados de timelines de sucesso, histórias partilhadas nas redes sociais de pessoas que “acertaram” à primeira. Há quem entre na universidade logo após o secundário, quem arranje um emprego estável aos 20, quem já esteja a viajar pelo mundo com um negócio online. E tu, no meio disso tudo, sentes que devias estar mais à frente — mesmo sem saber exatamente o que “mais à frente” quer dizer.


A verdade é que ninguém nasce com tudo decidido. E, por mais que pareça que os outros já têm tudo encaminhado, a maioria está, tal como tu, a tentar perceber qual é o seu lugar no mundo. O problema é que raramente falamos sobre isso com sinceridade. Fingimos que está tudo bem, que temos um plano, que somos seguros nas nossas escolhas — mesmo quando estamos cheios de dúvidas por dentro.


Estudar pode ser uma excelente escolha. Mas também pode ser um passo em falso se for feito só porque é “o que se espera”. Um curso universitário sem motivação, sem identificação, pode tornar-se uma prisão mental e emocional. Por outro lado, trabalhar cedo pode ser muito mais enriquecedor do que parece. Aprende-se a gerir responsabilidades, a lidar com diferentes pessoas, a ganhar autonomia — e, acima de tudo, a descobrir o que se quer (ou não se quer) da vida. Cada experiência, por mais simples que pareça, pode ensinar-te algo sobre ti.


E sim, fazer uma pausa também é uma opção válida — embora poucos a reconheçam como tal. Pausar não é sinónimo de preguiça ou desistência. Às vezes, é mesmo o passo mais maduro que se pode dar: parar para respirar, para refletir, para te conheceres melhor. Viajar, fazer voluntariado, aprender algo novo ou simplesmente dar tempo ao tempo pode ser a base de decisões mais conscientes no futuro.


No fundo, a questão não é tanto o que vais fazer, mas sim porquê vais fazê-lo. Estás a decidir com base no que esperam de ti ou no que tu realmente queres? Estás a fugir do medo de ficar parado ou estás a correr ao encontro de algo que te inspira? Só tu podes responder.


Não existe um caminho certo. Existe o teu caminho. E ele pode ser mais lento, mais torto ou menos brilhante aos olhos dos outros — mas, se for verdadeiro, será sempre o melhor. Escolher leva tempo. Trocar de ideias é normal. Recomeçar também faz parte.


Se te sentes perdido agora, lembra-te: é melhor estar perdido a procurar algo verdadeiro do que seguro a seguir o que não é teu.

 
 
 

Comments


bottom of page